"- Come o melão. Na casa do avô deves comer o melão inteiro."
"- Não, às fatias. Inteiro não me cabe na boca."
Já o tinha feito antes e voltou a fazer, tratou as mulheres "gordinhas" como umas coitadas como seres de outro mundo. Não sei se o problema dela será a gordura das outras ou a extrema magreza dela. Magreza essa que não é só corporal mas principalmente mental. Magreza tal, que trata toda a mulher que não seja das medidas padrão ou aceitáveis para ela, como umas tristes, que todos têm pena e que nem arranjam homem.
Pois é mulher, ou projecto de mulher, se elas precisam de um dieta, ou de um namorado, ou de ambos, tu precisas de um cérebro. Mas acho que nenhuma delas aceitará trocá-lo por menos uns quilos. Assim sendo, continuarás uma esquelética acéfala e que poderás ser montada por alguém mas só enquanto mantiveres a boca fechada, porque se dizes uma palavra ficarás com a cama vazia.
Dá-me pena é ver o que escreves, o que dizes e não ver uma mulher gordinha.
Pouco conhecia além desta música, mas posso dizer que conheci ontem um pouco mais e fiquei curioso, gostei do espectáculo e vou pesquisar mais e ouvir melhor o trabalho dele.
Vi ontem a tia Lili Caneças no concerto de Abrunhosa e fazia mesmo confusão ver alguém com a pele tão esticada que mal conseguia mexer a boca. Nem em criança conseguimos ter assim a pele. A sua expressão pouco mudava, aliás se ela ousasse sorrir levantava um braço, e ao levantar o braço mexia a perna. Se ela pensasse em contrariar o movimento arriscava-se a rasgar a pele. Não sou contra as operações plásticas, mas o exagero...... Há também que saber envelhecer, mas mantendo o espírito jovem.
Ontem foi dia de Pedro Abrunhosa nas Festas do Mar, e foi um espectáculo de interactividade entre ele e o público. Foi voltar a ver o cantor critico contra o estado do país, tal como aconteceu na época do "Viagens" quando apareceu. Se calhar porque nessa altura passava-se uma época de crise e desemprego tal como agora, uma altura que curiosamente também dominada pela cor laranja no poder. Foi noite de gritar "Não Posso Mais" com este estado onde, tal como ele disse "nós pagamos para salvar a banca" e onde "quem rouba um pão é ladrão, quem rouba um milhão é um génio financeiro", foi também noite de gritar "Talvez F#d€r", "criticando o uso de palavras duras mas não o silêncio que nos leva à submissão". Foi noite de exultar à quebra de barreiras e à não acomodação. Foi noite de ouvir Comité Caviar e revisitar as músicas antes tocadas pelos Bandemónio.
Regressei a casa ainda a tempo de ver alguns dos concertos das Festas do Mar em Cascais. Já à algum tempo que andava com vontade de ver David Fonseca ao vivo, e não me desiludiu, com a sua performance a roçar o alucinado, a mostrar um enorme prazer em estar no palco a tocar e a entreter. Brindou-nos com as suas músicas a solo e ainda com algumas do tempo dos Silence 4. Definitivamente é músico para voltar a ver.
De volta de mais uns dias de descanso desta vez passados na terrinha. Claro que o resultado é sempre o mesmo, loirinhas fresquinhas em noites quentes, e música que no resto do ano não passa pelos meus ouvidos. Uma das vozes deste ano foi a Ruth Marlene, que pessoalmente me desiludiu. Desiludiu porque simplesmente andou a prometer e a não cumprir. Passo a explicar, começou a dizer-me "Mexe, mexe que eu gosto...na minha cintura, até no meu rosto, mexe, mexe que eu gosto...", e lá fui eu arregaçando as mangas, afiando as garras e mostrando os dentes, quando estava prestes a fazer o gosto ao dedo, começa ela a dizer "Quando os rapazes vêm com ela fisgada, daqui não levam nada...e quando algum quer logo fazer marmelada, então só à estalada...". Ora vai um gajo lançado para lhe fazer a vontade e ao chegar tiram-lhe logo a tesão. Acho que, com tal mudança de humor, ela deve ser bipolar.
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. Alexis Tsipras no 5 para ...
. Garantidamente não é para...