Limpezas feitas no sotão, tralhas arrumadas e descoberto no fundo do baú descoberto uma pérola dos anos 80.
Depois de limpo o pó toca a rodar e recordar.
Estamos a entrar na época do ano em que todos são amigos, em que se começam a organizar jantares de empresas e que muitos vão sorridentes e aos abraços, apesar do resto do ano andarem picados com alguns colegas, chefes e patrões.
Já colocaram luzes de Natal em algumas ruas da cidade, as montras estão enfeitadas apelando ao consumismo, e em qualquer centro comercial, elevador e até casas de banho se ouve músicas de Natal em som ambiente.
Pois eu, tal como no ano passado, já tomei a decisão de recusar todo e qualquer jantar de Natal, seja ele do trabalho ou de amigos. Não posso fugir dos espaços comerciais pois preciso sempre de abastecer a casa, mas não me apanham a passear e procurar prendas. Este ano, os que vão ter, serão só lembranças.
Não me apetece passear e ver os tradicionais enfeites de Natal. Acho mesmo que o meu espírito natalício deve estar no mesmo lugar que o meu subsídio de Natal, no bolso do Vítor Gaspar.
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