Há muito, muito tempo, viajava numa carroça um viúvo e a sua filha, carregando nela os poucos pertences que lhes sobravam numa dura vida.
A certa altura são interpelados por uns salteadores que rebuscaram tudo o que havia na carroça e lhes levaram o que mais valioso transportavam.
O pai choroso após o saque só lamentava ter ficado sem as jóias da falecida mulher, ao que a filha lhe confidenciou:
" - Pai, não chores. As joías estão salvas, escondia-as na minha coisinha."
" - Oh rica filha, que esperta fostes. Mas se a tua mãe fosse viva, nem a carroça tinham descoberto."
... encontro-me ausente numa certa parte do país, a gozar o S. João e a ver os burros passar.
Até daqui a uns dias.
Ao andar às voltas por este país dou de caras com este portão. A função será impedir a entra de intrusos, mas será que consegue?
Mas uma coisa é certa, ele tenta cumprir com as suas obrigações...
... estando fechado a cadeado.
Estão a chegar as festas dos Santos Populares, marchas, sardinhas, sangria, cerveja, etc. Mas recuando uns 30 anos como eram os meus Santos Populares?
Para começar o peixe não fazia, nem faz parte das minhas preferências, ainda não marchava nada e álcool nem se tocava, mas havia fogueiras feitas por nós. Ok, eram adolescentes, pensa quem por aqui passa os olhos. Não, ainda éramos uns putos de 7 ou 8 anos, que aproveitávamos as madeiras das obras para as fogueiras e barracas que construíamos (ai dos putos de agora se fizessem algo como isto).
Barracas, para quê?
Claro que está, que tínhamos de ter um local para colocar os comes e bebes da festa. Coisas que os pais lhes davam para a brincadeira destes dias, pensa o leitor que por engano parou por aqui. Pensa, mas não é tão certo assim. Sim, algumas coisas vinham de casa, por vezes nem os pais sabiam que saiam de lá, mas as outras eram compradas por nós, ou roubadas da horta que uns carteiros por lá tinham, como as batatas que depois espetávamos em ferros ferrugentos, roubados das obras e as assávamos na fogueira (tétano, o que é isso).
Espera aí, ele disse que compravam? - pensa quem ainda mantém a loucura de ainda estar a ler isto. Mas eram putos ricos, iam à carteira dos pais, ou eram vitimas de trabalho infantil?
Não, nada disso. Em grupos íamos pelo bairro, subindo aos prédios, batendo às portas e pedindo a quem abria a porta "um tostãozinho para o Stº António". Ainda se fazia algum dinheiro, pelo menos pelo Stº António, já pelos outros santos não era bem assim. Não, não é que as pessoas fossem devotas, ou mais devotas pelo santo casamenteiro, mas chegando ao S. Pedro, já as pessoas estavam fartas dos putos a baterem-lhes à porta e o que mais se recebia, eram berros e cabos de vassoura que nos faziam correr escadas abaixo.
P.s.: e com tanta coisa que se fez, que dificilmente nós pais de agora deixaríamos, nunca ninguém se queimou ou teve tétano. O máximo que se teve, foram umas farpas nas mãos ou uns dedos martelados.
Gosto de pequenos apontamentos de humor negro e é preciso coragem para os aliar a um negócio.
"Funerária Menos Um" menos um ao cimo da terra, mas mais um por eles plantado. Deve ser uma mistura de funerária com jardinagem, mas até hoje não se conhece nenhuma árvore que tivesse brotado desta semente.
Se esta foto é montagem o verdade, não sei, mas dou exemplo reais de humor negro.
"Agência Funerária Cá-Te-Espero", ok eu sei que vives à espera que morra mas escusavas de apreogoar.
"Agência Funerária O Bom Caminho", querem ver que vão por ruas sem buracos, em carrinhas com boa suspensão, em urna almofadada e aquecida. NÃO QUERO SABER, eu vou morto, já nem sinto.
"Nós que aqui estamos, por vós esperamos", na entrada de um cemitério, ou "Nós ossos que aqui estamos, por vós esperamos" que está na Capela dos Ossos em Évora. Ora por mim podem ficar cadavéricos, esperar deitados, acho que nem se conseguem sentar mesmo, que não penso em vos fazer companhia tão cedo.
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