Pouco conhecia além desta música, mas posso dizer que conheci ontem um pouco mais e fiquei curioso, gostei do espectáculo e vou pesquisar mais e ouvir melhor o trabalho dele.
Vi ontem a tia Lili Caneças no concerto de Abrunhosa e fazia mesmo confusão ver alguém com a pele tão esticada que mal conseguia mexer a boca. Nem em criança conseguimos ter assim a pele. A sua expressão pouco mudava, aliás se ela ousasse sorrir levantava um braço, e ao levantar o braço mexia a perna. Se ela pensasse em contrariar o movimento arriscava-se a rasgar a pele. Não sou contra as operações plásticas, mas o exagero...... Há também que saber envelhecer, mas mantendo o espírito jovem.
Ontem foi dia de Pedro Abrunhosa nas Festas do Mar, e foi um espectáculo de interactividade entre ele e o público. Foi voltar a ver o cantor critico contra o estado do país, tal como aconteceu na época do "Viagens" quando apareceu. Se calhar porque nessa altura passava-se uma época de crise e desemprego tal como agora, uma altura que curiosamente também dominada pela cor laranja no poder. Foi noite de gritar "Não Posso Mais" com este estado onde, tal como ele disse "nós pagamos para salvar a banca" e onde "quem rouba um pão é ladrão, quem rouba um milhão é um génio financeiro", foi também noite de gritar "Talvez F#d€r", "criticando o uso de palavras duras mas não o silêncio que nos leva à submissão". Foi noite de exultar à quebra de barreiras e à não acomodação. Foi noite de ouvir Comité Caviar e revisitar as músicas antes tocadas pelos Bandemónio.
Regressei a casa ainda a tempo de ver alguns dos concertos das Festas do Mar em Cascais. Já à algum tempo que andava com vontade de ver David Fonseca ao vivo, e não me desiludiu, com a sua performance a roçar o alucinado, a mostrar um enorme prazer em estar no palco a tocar e a entreter. Brindou-nos com as suas músicas a solo e ainda com algumas do tempo dos Silence 4. Definitivamente é músico para voltar a ver.
Fim de semana com muitas voltas. Foram cerca de 700 km de volante nas mãos.
Ao fim de 7 anos de espera finalmente voltaram as Festas do Povo em Campo Maior e eu não faltei. Aproveitei logo o primeiro dia e ao contrário do que apanhei quando fui em 2004 era um mar de gente e em algumas ruas mal se conseguia andar. É deslumbrante entrar pela porta da vila e começar a percorrer todas aquelas ruas muito bem enfeitadas. É pena que, na primeira noite, algumas atitudes menos correctas tenham danificado algum desse trabalho, obrigando a ter de repor os enfeites. Ficou a vontade de voltar, não só às festas mas também um outro dia para apreciar as ruas tipicas daquela vila.
De regresso a casa, fui ontem à noite ao ultimo dia das Festas do Mar em Cascais. Este ano foi mesmo o único concerto que fui ver nas festas, não por não me agradar o cartaz, mas por ter aproveitado bem os dias anteriores que pouco espaço deixaram para ir vê-los.
O dia de ontem foi de tributo aos 40 anos de carreira de Tozé Brito e foi o desfilar de músicos e cantores que todos estes anos cantaram músicas dele, desde Vitor Espadinha, Simone, Herman José a Lúcia Moniz, Francisco Mendes ao Anjos, foram só alguns onde também estiveram todos os elementos do Quarteto 1111, grupo onde tudo começou. Impressionante a quantidade de músicas que ouvíamos nas mais diversas vozes que tiveram o dedo, a mão, o engenho e a arte de Tozé Brito.
Uma referencia para a banda que fez a primeira parte da noite, os Ténis Bar, que fizeram um bom espectáculo, eapesar dos quase 25 anos de carreira só ontem os ouvi apesar de várias vezes ter visto cartazes de espectáculos deles pelos meus lados.