Diz um gajo, que está aos anos sentado na porta de um prédio a pedir, sobre uma romena que passa e apontando para a barriga de grávida pede dinheiro para comer:
"Estes gajos vêm para aqui e não trabalham."
Há coisas no transito que me irritam mesmo, são pessoas que não usam os sinais de mudança de direcção, pessoas que mudam de faixa sem primeiro confirmar por umas coisas que se chamam espelhos se vem algum veículo, falta de civismo e a falta da capacidade de assumir um erro. Sim os erros infelizmente até podem acontecer mas devemos sempre ter a capacidade de os reconhecer e assumir. Muitas vezes esses erros só dão em susto, mas basta um gesto a assumir e sigo em frente sem massacrar o outro condutor. Ora juntando as coisas que referi irritarem-me no transito dá uma mistura explosiva, capaz de tirar-me do sério. O vídeo que está a seguir não é meu, é de alguém com carácter, uma pessoa que por ser motociclista costuma ser mal-amado nas estradas, ser calhar por conduzir um veículo que lhes permite furar o transito. Felizmente ele viu, e por sorte estava com uma câmara no capacete que lhe permitiu gravar a situação, e fazê-lo parar. Mesmo assim o cobarde seguiu sem ligar à situação.
Conduzindo também eu uma mota, tenho o mesmo sentimento que este motociclista quando afirma "se eu fosse em cima da moto quando você vira assim podia ter-me magoado", e louvo todo o esforço que fez em que aquele cobarde parasse. Só não concordo é que pessoas como ele merecem é desprezo, mas sim um belo correctivo.
Para que se saiba isto foi numa saída de Lisboa, e o veiculo que segue na faixa da direita não está em ultrapassagem, está na via que irá virar à direita, enquanto as outras duas seguem em frente.
Ele apita, gesticula, pragueja, nada de especial no transito não fosse o visado um carro da policia. A policia primeiro com gestos o mandou ter calma e que depois simplesmente ficou especada a olhar para ele sem qualquer reacção. Com ou sem razão, é justo dizer que o velho tinha tomates, ou parafusos a menos. Isto leva-me à conclusão que, ou já não se fazem mais pessoas com a fibra deste velho ou já não há policias como antes
Há locais que sempre me deu prazer passear, Évora e Óbidos são dois deles.E nem falo de Sintra que é mesmo aqui ao lado. Se Óbidos nem fica muito longe, já Évora são alguns quilómetros, mas que cheguei a fazer só para passear e ir beber café. Lisboa para mim, tirando as sextas-feiras da juventude no bairro alto, era só o local de trabalho que já bastava os dias de semana a caminhar para lá. Com o tempo aprendi a ver Lisboa, a querer conhecer os seus cantos, apreciar Lisboa antiga, sabendo que é ao mesmo tempo Lisboa velha. Dá prazer passear pelas ruas da baixa Lisboa, pelas ruas dos seus bairros típicos, conhecer seus museus, monumentos, jardins e miradouros. Ver e sentir a luz da cidade, olhar o rio nas várias perspectivas, seja a descer a baixa e vê-lo ao fundo ou sentado em nos jardins de Belém ou no Parque das Nações. Portugal tem muitos cantos lindos, nem mais nem menos que Lisboa, diferentes, mas com o tempo e alguma resistência minha Lisboa conquistou-me.
Não sei quem é mais demente, aquele que há mais de 20 anos matou e estripou mulheres ou aquele que se dizia o estripador. E já não é o primeiro a querer assumir-se como tal.
Como se pode reparar pelo nome com que assino, gosto de andar às voltas, conhecer novos locais deste país, conhecer a história que nos trouxe até aqui e fotografá-las. Acabo também por partilhar esses momentos e locais no outro blog para partilhar o que de bonito temos neste rectângulo à beira mar plantado. Infelizmente a politica dos museus portugueses quanto a fotografar não é igual para todos, ora uns o permitem, ou condicionam-no a fazê-lo sem flash ou simplesmente não o autorizam. É sobre este ultimo que vou falar, não sei os critérios que levam a tomar essa decisão, nunca perguntei, mas ao não autorizar perdem assim uma forma de publicidade gratuita e muito eficaz. Quanto de nós ao ver fotos de um local, localidade ou museu, não ficam com vontade e acabam mesmo por visitá-lo e confirmar com os seus olhos a beleza do mesmo. Este fim de semana a minha volta foi pelo Museu do Exercito em Lisboa, perto de Santa Apolónia. Não dei por mal empregue o tempo, onde se pode ver exposto artefactos de guerra desde os tempos medievais até aos mais recentes, pertences de muitos militares e oficiais num edifício com salas bastante decoradas, com pinturas lindíssimas no tecto e bastantes quadros que retratam a nossa história, incluindo uma sala decorada só com obras do mestre José Malhoa.
Um local a visitar sem duvida.
Podia dizer tanto sobre este vídeo, mas as imagens valem bem mais que as palavras. Andam uns pais descansados.
. Lisboa
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