Parece que o Coelhinho ladrão vai anunciar novas medidas de austeridade hoje às 19h15.
É esperto o gajo, é que meia hora depois já todo o país se esqueceu pois vai estar mais interessado no jogo da selecção.
É o caso de Cavaco Silva, membros do governo e António José Seguro. Desculpem de não o chamo de o nosso presidente, mas um homem que diz ter aprovado um Orçamento de Estado mesmo tendo a noção que a retirada de subsídios só a uma parte dos trabalhadores era discriminatória logo inconstitucional revela uma falta de respeito pelos portugueses. É como ver alguém a ser roubado e virar a cara ou mudar de passeio como se nada se passasse, sem tentar ajudar chamando a policia.
Mas são estes os politicos que escolhemos, os que nos governam nem têm noção do que devem e poem fazer, logo incompetentes e um presidente que fecha os olhos. Um governo que em todas as soluções apresentadas nenhuma visa a redução de despesa, aumento de produtividade e só vê soluções em aumentos da carga fiscal é um governo incapaz, logo não merecedor de estar no lugar que está.
Mesmo da parte do maior partido da oposição, que até parecia ter um líder mais virado à esquerda, não fez parte do grupo de deputados que levaram esta lei ao Tribunal Constitucional, sendo só os PCP, BE, PEV e alguns deputados do PS, vem dizer que quis resolver este assunto pelo lado politico. Também para ele este acórdão foi uma derrota, pois pelo lado politico nada conseguiu e só o judicial é que seria a solução.
São estes os grandes derrotados pelo acórdão do TC, sendo que, principalmente por estarem no lugar em que estão, Cavaco e Governo se metessem a viola no saco e desaparecessem fariam muito mais pelo país.
Já todos tínhamos ouvido, no meu entender, a triste frase do Pedro Passos Coelho aconselhando os professores a emigrarem. Muitas opiniões ouvi, maioria contra, e não resisti hoje em partilhar esta carta de Myriam Zaluar ao "nosso" primeiro ministro onde mostra ela o que é ser patriota, o que é contar o dinheiro, a fazer esforços e a tentar crescer neste país.
Comparar alguém que tirou a licenciatura aos 23 anos com alguém que só o conseguiu aos 37, e que desde essa idade trabalhou, foi colocada na prateleira, lutou para sair dela e luta por ter um ordenado com alguém que até aos 40 nunca trabalhou e só teve actividade partidária até essa idade, mostra a diferença que existe entre uma pessoa de fibra e outra que teve ajuda de alavancas ou cunhas. E são estas pessoas que este primeiro ministro convida a sair. E aí subscrevo as palavras dela, saia ele mais a sua pandilha. Quem convida a sair em vez de criar condições para que fiquem não merece o lugar que tem.
Pedro Passos Coelho convida os professores portugueses a emigrarem. Não é a primeira vez que um elemento do governo a fazer esse convite a trabalhadores portugueses. Vejo no primeiro-ministro o que tenho visto na classe politica nos últimos anos, um politico bem falante mas sem um pingo de carisma. Longe vai o tempo em que os políticos mostravam personalidade, força, ideias construtivas. Pessoas com presença como Soares, Cunhal, Sá Carneiro, Lucas Pires ou Freitas do Amaral, que com os seus debates e confrontos de ideias sabíamos o que pensavam, o que queriam e que iriam fazer o que diziam, e que mesmo que não concordássemos com as suas ideias os ouvíamos e respeitávamos.
Pois eu faço também um convite que acho que vai melhorar bastante este país. Convido os politicos a emigrarem para bem longe e pode ser que assim, com a necessidade de novo sangue, apareça assim uma nova classe politica que finalmente possa por este país a aproveitando as suas qualidades, as suas mentes e os seus braços sem os convidar a emigrar.
Dizem que as medidas tomadas pelo PPC foram corajosas, eu digo que são cobardes.
Foram medidas que em nada cortam na despesa, continuam a manter as gorduras existentes no estado.
A solução por eles encontrada foi mais uma vez ir ao bolso dos portugueses, tirando os subsídios de férias e natal nos próximos dois anos ao funcionários públicos e trabalhadores de empresas de capital do estado.
Aos privados estão livres de aumentar o horário de trabalho em 30 minutos dia, sem aumentar também a retribuição.
As gorduras essas continuam, os vários carros topo de gama parados à frente dos ministérios e saindo só com o condutor e um passageiro continuam. A quantidade de assessores, secretários de estado continuam.
Os deputados continuam os mesmos sem haver plano de redução num proximo mandato. Após 12 anos de mandatos na Assembleia podem pedir reforma, enquanto um simples trabalhador tem por volta de 40 anos de trabalho, e podem acumular a pensão da Assembleia com um outro ordenado quem sabe até num Instituto Publico ou numa Empresa do Estado.
A taxação das grandes riquezas, dos lucros das grandes empresas, e sobre a banca ficaram de fora destas medidas.
A produção aumenta-se criando condições aos trabalhadores para produzirem e aí não seriam precisos mais 30 minutos diários. Com estas medidas os bolsos dos portugueses vão ficar mais vazios, e se não há dinheiro para investir ou pagar o que se consome, para quê estas "medidas" para aumentar a produção, se não há dinheiro para as comprar.
Foram medidas cobardes, não se põe o pé em cima em quem já está no chão. E foi isso que o PPC fez
Ao ouvir o primeiro-ministro (esta escrito em minúsculas de propósito) e no final fiquei na duvida se fazia coelho à caçadora ou assado no forno.
Todas as medidas que ele apresentou em nada incentivam a produtividade, simplesmente anuncia a exploração e roubo aos trabalhadores. Todos que têm de pagar a crise são os trabalhadores, nós é que somos os culpados. Medidas que peçam a quem pode contribuir mais para pagar a crise não houve. Mas uma coisa é certa, nós temos culpa. Temos culpa em quem lá pusemos nestes anos, e temos culpa em quem pusemos este ano. Vou ser roubado, mas não me irei calar. E em todas as lutas irei participar activamente, mostrando o meu descontentamento com este roubo que passa a ser legal.
. Digam lá que o cão não é ...
. Esperam-nos novas medidas...
. Há pessoas caladas que sã...