Ainda a época não começou e vê-se por aí coisas estranhas. Jesus atravessou a segunda circular após várias épocas e vários títulos ao serviço do Benfica. Os únicos clubes a ganhar títulos na época passada mudaram de treinador enquanto o Porto que nada ganhou manteve o treinador.
Maxi Pereira saiu do Benfica. Primeiro falou-se no Sporting, mas a família falou mais alto e mudou-se para o Porto para junto do seu irmão Emplastro. Realmente ele é jogador à Porto, duro, caceteiro, faltoso. Só não sei é se o Porto também comprou as isenções de cartões que o Benfica beneficiava.
Nas eleições para a presidência da Liga, Porto e Sporting apoiaram um benfiquista e o Benfica apoiou um sportinguista. Neste caso temo pelos dentes do Proença.
Não vou falar de resultados de pré-época, pois esses não contam. A contabilidade faz-se no final.
No domingo foi dia do derby. Por mais jogos que digam ser derbys, este é e será sempre O Derby. Não, não vou falar da arbitragem, se o resultado foi o correcto ou não. Vou falar da transmissão televisiva.
Como muita gente, eu não possuo Sport Tv, e não estou em condições de ir consumir umas imperiais para o café só para ver o jogo. Restou-me procurar umas transmissões online. Logo por sorte calhou-me uma transmissão numa televisão espanhola, e logo nos primeiros segundos fiquei a pensar se não estaria a ouvir um relato sobre um filme pornográfico. E passa a exemplificar com expressões do jogo e algumas que entretanto me iam passando por esta mente pouco limpa:
"Gaitan pasa la pelota."
"Cardozo 'tira la pelota para fora."
"Luisão pone la pelota en las manos de Artur."
"Lima vuelta el culo à la pelota."
Imagino a conversa entre jogadores espanhóis:
"Dame lá pelota. Dame com fuerza."
"Mete la pelota dentro. Oh, si cariño."
Claro que nem consegui concentrar no derby pois passava mais tempo a ouvir os comentadores e a imaginar comentários. Pelo menos sempre deu para distrair do resultado final.
Da próxima vez procuro noutro idioma a ver se estas ideias só me surgem em espanhol ou noutra língua.
Sporting
Então não é que o Sporting contratou um indiano. Já estou a imaginar as bancadas em vez dos vendedores de batatas, queijadas, bebidas e gelados, com chaters de indianos, de rosas na mão, apregoando, "Qué Frô?".
Ontem foi dia de clássico. O clássico dos clássicos, o derby dos derbys. Com casos em que são vistos de forma diferente conforme as cores clubisticas ou o resultado do marcador. Aliás as criticas à arbitragem são proporcionais aos pontos que se perdem no jogo. Até podem dizer, com razão, que não foi assinalado um penalti logo no inicio do jogo e que isso mudaria o rumo do mesmo, mas também se pode dizer que o Javi nem acabaria a primeira parte, que poderia ser marcado um segundo contra o Benfica (bastante discutivel este) e que nos ultimos 15 minutos do jogo foram assinaladas muitas faltas, se calhar até demais, à entrada da area do Sporting. Resumir a derrota do Benfica a um lance no inicio do jogo, como fez Jorge Jesus, é não querer ver que a sua equipa, que está a lutar pelo 1º lugar, que só a vitória interessava, não criou um lance de perigo e que poucas vezes rematou enquadrado com a baliza. Ontem ganhou o Sporting um jogo que qualquer jogador dos dois planteís quer jogar e ganhar, independentemente da classificação que elas tenham. Ganhou e com justiça, e não foi um resultado maior, porque o Van Wolfswinkel se mostrou perdulário frente a um dos melhores guarda-redes em Portugal.
Não estava para falar do meu Sporting nem do recente despedimento de Domingos, mas faz-me confusão quando um dia à noite se reafirma confiança no seu trabalho e no outro se despede. Faz-me confusão quando comprando uma equipa nova para esta epoca se pode pensar que darão frutos logo no primeiro ano. Sim, as exibições e a classificação não são as esperadas e claro que a culpa cai para o treinador, é mais fácil despedir um, que vários numa equipa. É mais fácil despedir o treinador que assumir erros em contratações. Uma equipa que acaba de contratar o 5º central da época, depois de Carriço, o capitão na época passada ter perdido o lugar e até a braçadeira. Num lugar entregue a um Polga mole, com pezinhos de lã. Onde se contratou um Rodriguez que passou mais tempo no estaleiro que a jogar. Salvou-se nesta posição um americano que nos deu altura e golos, algo que não se via um central fazer desde que o Tonel saiu. Salva-se no meio campo as contratações de Rinaudo, infelizmente muito tempo parado devido a lesão e de Schaars e do extremo Capel a contrastar com o não faz 3 jogos de seguida Jeffren. Com a saída do Floribelo e do Postiga, ficámos com o Wolfswinkel que ao lesionar-se viu o seu lugar ser ocupado pelos não fazem golos Rubio e Rivas.
O que pode Sá Pinto dar agora à equipa? Transmitir mais garra, mais paixão pelo jogo talvez. Transmitir mais sportinguismo para o baleário, nem que seja ao soco.
É o governo a cortar nos feriados e o Sporting a cortar nos Domingos.
Onde isto vai parar com o Sá Punho a treinador?!
...mas será que faz milagres?
No rescaldo de uma jornada europeia, que infelizmente só deu duas vitórias portuguesas há uma ilação a tirar, que são as diferenças dos jogos do Porto e Sporting. Não falo da diferença de qualidade dos seus planteis ou adversários, mas na atitude. Ambos a jogar com 10 viu-se um Sporting mais coeso, mais unido, mais solidário, ao contrário que aconteceu no Porto. A explicação está na reunião que aconteceu ainda no aeroporto a quando do regresso a casa da equipa portista, onde mostraram aos dirigentes do Porto o descontentamento com o seu treinador. Quando os jogadores não querem, não se empenham, estão descontentes, nada feito. Já eu comentava com amigos no início da época que a incógnita do Porto não era o valor da sua equipa, mas se o treinador iria conseguir ter mão para um barco daqueles.
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